Advogada se opõe à soltura do Maníaco do Parque: “Por mim, ele ficará preso para sempre”

Francisco de Assis Pereira poderá deixar a prisão em 2028, após cumprir o tempo máximo de pena previsto pela lei da época dos crimes

Condenado a 285 anos de prisão por matar sete mulheres e estuprar outras nove, Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, poderá ser solto em 2028. Isso porque, na época de sua condenação, em 1998, o limite de tempo de pena no Brasil era de 30 anos — hoje, a legislação prevê até 40 anos, mas só vale para crimes cometidos a partir de 2020.

Apesar da previsão legal, a própria advogada do serial killer, Carolina Landim, se diz contra a libertação. Ela afirma que ele deveria passar por uma avaliação psiquiátrica rigorosa antes de qualquer decisão judicial. “Por mim, ele ficará preso para sempre”, declarou em entrevista ao colunista Ulisses Campbell, do jornal O Globo.

Segundo a advogada, Pereira tem diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, condição sem cura e com alto risco de reincidência. Além disso, Landim destaca que, em 26 anos de prisão, ele nunca passou por acompanhamento psiquiátrico nem por exame criminológico — procedimento exigido apenas quando o preso solicita progressão de regime, o que ele nunca fez.

Francisco, hoje com 57 anos, cumpre pena em regime fechado na penitenciária de Iaras, interior de São Paulo. Lá, passa os dias confeccionando tapetes de sisal. Na época da prisão, chegou a afirmar que voltaria a matar se fosse solto.

Mesmo podendo deixar a prisão em 2028 sem necessidade de avaliação atualizada, Carolina afirma que não fará o pedido de soltura. Para ela, liberar Francisco sem exames atuais seria um risco inaceitável para a sociedade.

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