A notícia de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia adotar uma camisa secundária em tons de vermelho e preto para a temporada de 2026 gerou grande debate no mundo do futebol. A informação, divulgada pelo site especializado Footy Headlines, aponta para uma possível inovação da Jordan, linha esportiva da Nike, responsável pela produção do novo uniforme.
A especulação levantou questionamentos sobre as normas que regem as cores dos uniformes da Seleção Brasileira. Assim como diversos clubes ao redor do mundo possuem estatutos com diretrizes específicas sobre seus símbolos, a CBF também estabelece regras em relação aos uniformes, que são considerados símbolos da entidade.
O Artigo 13 do capítulo 3 do estatuto da CBF é claro ao determinar que os uniformes da Seleção devem obedecer às cores presentes na bandeira do Brasil: azul, verde, amarelo e branco. Essa regra é atualmente seguida tanto pela tradicional camisa amarela quanto pelo uniforme secundário azul.
No entanto, o mesmo artigo abre uma exceção interessante. O texto permite a criação de modelos comemorativos em outras cores, desde que haja aprovação da diretoria da CBF. O estatuto, contudo, não especifica quais situações seriam consideradas adequadas para o uso desses uniformes comemorativos.
A redação exata do artigo é a seguinte: “Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”.
Um exemplo recente do uso de cores alternativas em um uniforme da Seleção Brasileira ocorreu em 2023, quando a equipe entrou em campo com uma camisa preta em um amistoso contra a Guiné. Essa iniciativa fez parte de uma série de ações da CBF no combate ao racismo, demonstrando que a entidade já utilizou cores fora do padrão tradicional em ocasiões especiais e com um propósito específico.
A possível adoção do vermelho e preto como cores do segundo uniforme em 2026, caso se concretize, representaria uma mudança significativa em relação à tradição. No entanto, o estatuto da CBF, ao prever a possibilidade de “modelos comemorativos em cores diversas” com a aprovação da diretoria, teoricamente não impede essa inovação. Resta aguardar a confirmação oficial da CBF e entender a motivação por trás de uma mudança tão marcante na identidade visual da Seleção Brasileira.