O Brasil enfrenta uma preocupante alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), principalmente entre crianças de até dois anos e idosos. De acordo com o boletim InfoGripe, da Fiocruz, os dados de 18 a 25 de maio mostram que 22 estados e 19 capitais estão em situação de alerta, risco ou alto risco. São Paulo, tanto o estado quanto a capital, está entre os locais mais afetados.
A Influenza A, embora não seja o vírus mais frequente, é o que mais mata. Entre os casos positivos de Srag, 36,5% foram causados por esse vírus. No entanto, ele foi responsável por 72,5% das mortes registradas no período. Em comparação, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causou mais da metade dos casos (50,7%), mas foi responsável por apenas 12,6% dos óbitos. O rinovírus causou 14,7% dos casos e 9,7% das mortes, enquanto a Covid-19 respondeu por 2,1% dos casos e 5,9% das mortes.
Capitais como Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e outras também estão entre as que registram altos índices de internações e mortes por Srag. Já entre os estados, a lista inclui desde o Acre até São Paulo, passando por regiões do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.
Apesar do cenário preocupante, há sinais positivos. O VSR, que costuma afetar principalmente crianças pequenas, mostra tendência de queda em alguns locais, como São Paulo, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal. A Influenza A, por sua vez, parou de crescer em estados como Mato Grosso do Sul e Pará, embora continue em níveis elevados.
O cenário reforça a importância da vacinação e da atenção especial aos grupos mais vulneráveis — idosos e crianças pequenas —, que lideram tanto em número de casos quanto em mortalidade.