Prevenção de doenças começa no olhar atento e com hábitos saudáveis
O Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio, se aproxima com um alerta: cuidar da saúde dessa pequena glândula localizada na parte da frente do pescoço é essencial para manter o bom funcionamento de todo o organismo. “A tireoide é uma glândula com formato semelhante ao de uma borboleta e produz hormônios que regulam funções essenciais do nosso corpo, como o metabolismo, os batimentos cardíacos, a temperatura corporal e até o funcionamento do intestino e do cérebro”, explica o médico clínico geral e endocrinologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Caio Mazucante Guanais.
Hipotireoidismo x Hipertireoidismo
Dois dos distúrbios mais comuns são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, condições opostas em sua natureza, mas igualmente preocupantes. “No hipotireoidismo, a tireoide funciona de forma mais lenta do que o normal, produzindo menos hormônios. Já no hipertireoidismo, ocorre o oposto: a tireoide trabalha em excesso, liberando mais hormônios do que o necessário”, explica Dr. Caio.
Os sintomas dessas disfunções podem ser bastante diferentes. “No hipotireoidismo, é comum sentir cansaço, ganho de peso, pele seca, queda de cabelo, constipação e lentidão mental. Já o hipertireoidismo pode causar perda de peso, ansiedade, insônia, palpitações, tremores e sudorese”, detalha o médico. Em ambos os casos, alterações menstruais e infertilidade também podem estar presentes.
Segundo o especialista, há grupos mais propensos a desenvolver doenças da tireoide. “Mulheres, principalmente acima dos 35 anos, têm maior risco. Pessoas com histórico familiar, doenças autoimunes ou que passaram por radioterapia no pescoço também estão mais suscetíveis”, ressalta.
Glândula produz hormônios que regulam funções essenciais do organismo
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, que avaliam os níveis hormonais, e por ultrassonografia. Detectar precocemente essas alterações faz toda a diferença no tratamento e na qualidade de vida do paciente. “Em geral, tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo são condições crônicas. O hipotireoidismo é tratado com reposição hormonal por meio de comprimidos diários. Já o hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos, iodo radioativo ou cirurgia, dependendo do caso”, explica o especialista.
A prevenção começa nos hábitos
O estilo de vida também tem influência direta sobre a saúde da tireoide. “Deficiências nutricionais, especialmente de iodo e selênio, podem impactar a função tireoidiana. Além disso, uma alimentação equilibrada, sono de qualidade e controle do estresse ajudam a manter o equilíbrio hormonal do corpo como um todo”, orienta Dr. Caio.