Após manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, lideranças bolsonaristas começaram a articular novos protestos em defesa do Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Entre as estratégias já discutidas, está a realização de grandes mobilizações no dia 7 de setembro, feriado da Independência, em várias cidades do país ao mesmo tempo. A data tem forte simbolismo para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e já foi usada anteriormente como palco de manifestações políticas.

Apesar da movimentação nas ruas, o tema segue travado no Congresso. O projeto está em tramitação na Câmara dos Deputados, mas ainda não tem o apoio do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por decidir se a proposta será colocada em votação.

Diante disso, familiares de presos pelos atos do 8 de janeiro têm cogitado uma medida mais direta: acampar em frente a endereços ligados a Hugo Motta, como forma de pressioná-lo a pautar o projeto. A intenção foi comunicada a lideranças bolsonaristas, que tentam buscar alternativas antes de partir para a ação.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, tem conversado com os familiares na tentativa de evitar os acampamentos, apostando ainda no diálogo com o presidente da Câmara como caminho mais eficaz para avançar com o projeto.

Enquanto isso, o clima político em torno da anistia segue tenso e sem previsão de resolução, com a oposição mobilizada e buscando novas formas de pressionar o Legislativo.