A saúde do sistema digestivo é essencial para o bom funcionamento de todo o corpo. Desde o nascimento, o trato gastrointestinal tem papel vital: ele absorve os nutrientes dos alimentos, fortalece o sistema imunológico, abriga a microbiota intestinal (os “bactérias do bem”) e se conecta diretamente ao cérebro por meio do eixo cérebro-intestino, sendo considerado até um “segundo cérebro”.
Esse sistema é formado por órgãos como boca, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus. Além disso, conta com órgãos auxiliares, como fígado, pâncreas, vesícula biliar, glândulas salivares, dentes e língua, que ajudam na digestão e no aproveitamento dos alimentos.
Quando algo não vai bem nesse processo – seja por infecções, maus hábitos alimentares ou outros fatores – podem surgir doenças, inclusive tumores. O câncer de estômago, por exemplo, é um dos mais comuns no Brasil: o quarto entre homens e o sexto entre mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
De acordo com o cirurgião geral Leonardo Emilio, a maioria das doenças que atingem o sistema digestivo são benignas. Algumas surgem por alterações funcionais, chamadas dispepsias, e outras por causas não funcionais, como gastrite e refluxo gastroesofágico.
Mas o alerta é sério: os cânceres gastrointestinais representam 1 em cada 4 casos de câncer no mundo e causam 1 em cada 3 mortes por câncer. Embora o câncer gástrico esteja diminuindo em algumas regiões, os casos de câncer colorretal, hepático e pancreático vêm aumentando, especialmente em países mais desenvolvidos.
Ficar atento aos sinais do corpo é fundamental. Os sintomas variam de acordo com o local afetado, por isso, ao menor sinal de alteração digestiva, é importante buscar avaliação médica. Cuidar da saúde digestiva é cuidar da saúde como um todo.