O Conselho Deliberativo do Corinthians marcou para o dia 26 de maio a retomada da votação do processo de impeachment do presidente Augusto Melo. A decisão foi anunciada por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho, após a suspensão da sessão anterior em janeiro deste ano.
O processo teve início em 2024, motivado por denúncias de irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa VaideBet, que foi rescindido cinco meses após sua assinatura devido a cláusulas anticorrupção. A investigação revelou a possível existência de uma empresa fictícia intermediando o acordo, o que levou a Polícia Civil a abrir um inquérito para apurar os fatos.
Em janeiro de 2025, uma reunião do Conselho para deliberar sobre o impeachment foi suspensa após a aprovação da admissibilidade do processo por 126 votos a 114. A sessão foi interrompida antes da votação final devido a divergências entre os conselheiros e a defesa de Melo.
Recentemente, a Comissão de Justiça do Conselho protocolou um novo pedido de impeachment, desta vez baseado na reprovação das contas de 2024, que apresentaram um déficit de R$ 181 milhões e um endividamento bruto superior a R$ 800 milhões.
A votação marcada para 26 de maio será decisiva para o futuro de Augusto Melo à frente do Corinthians. Caso o impeachment seja aprovado por maioria simples, o presidente será afastado imediatamente, e o primeiro vice-presidente, Osmar Stabile, assumirá o cargo interinamente até a realização de novas eleições.